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Brazil. Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)

  • José Campot
  • 11 abr 2017
  • 2 Min. de lectura

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) completou, no último dia 31 de março, 62 anos de existência. Trata-se do maior e mais antigo programa de alimentação escolar de todo o mundo, alcançando 41 milhões de alunos, com um orçamento de R$ 4,15 bilhões para este ano e mais de 50 milhões de refeições servidas por dia.



Um dos avanços conquistados nos últimos anos, no âmbito do programa, é a Lei 11.947/2009, que fixou um percentual mínimo de 30% para aquisição de produtos da agricultura familiar. Esta foi uma reivindicação feita por entidades da sociedade civil no Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA) e uma das propostas da 3ª Conferência Nacional, realizada em 2007, em Fortaleza.


Em entrevista à revista Época (29/04/2015), a conselheira Ekaterine Karageorgiadis, falou sobre a importância de se ter uma alimentação saudável no sistema de ensino. O PNAE tem foco na valorização de uma alimentação adequada, tanto sob o aspecto nutricional quanto socioambiental e cultural, além de ser uma importante ferramenta para a educação alimentar, disse ela.


Ekaterine, que integra o Instituto Alana, organização com assento no CONSEA, a política do PNAE valoriza o preparo de refeições utilizando alimentos naturais, provenientes da agricultura familiar, que respeitem a diversidade de culturas alimentares do país e as necessidades alimentares específicas dos estudantes.

Produtos orgânicos e agroecológicos


De acordo com o governo federal, essa garantia de percentual mínimo dinamiza a economia local, garante a comercialização para o mercado institucional, desconcentra a renda regional, estimula o consumo de produtos orgânicos e agroecológicos na alimentação escolar e dissemina sistemas de produção de menor impacto ambiental.


Do total dos recursos financeiros repassados pelo FNDE, no âmbito do PNAE, no mínimo 30% deverão ser utilizados na aquisição de géneros alimentícios diretamente da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural ou de suas organizações, priorizando-se os assentamentos da reforma agrária, as comunidades tradicionais indígenas e comunidades quilombolas.


Já a resolução 38 do FNDE, também de 2009, no seu artigo 20, prevê que os produtos da agricultura familiar e dos empreendedores familiares rurais a serem fornecidos para alimentação escolar serão gêneros alimentícios, priorizando, sempre que possível, os alimentos orgânicos e/ou agroecológicos.


Números e diretrizes


Segundo o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão do Ministério da Educação e que executa o programa, a relação entre agricultura familiar e alimentação escolar deve observar as seguintes diretrizes: alimentação adequada e saudável; respeito à cultura, às tradições e hábitos alimentares saudáveis; controle social; segurança alimentar e nutricional; e desenvolvimento sustentável.


A agricultura familiar responde pela produção de 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros. O setor é responsável por 70% do feijão, 87% da mandioca, 59% da produção de suínos, 58% da bovinocultura de leite e 50% de aves e ovos.


Clique aqui para conhecer o PNAE.

Fonte: Ascom/Consea


 
 
 

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